Em início de SAF, entenda a postura do Atlético-MG na primeira janela de 2024

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Após aporte milionário nos últimos meses, Galo contrata apenas dois reforços após mudança na atuação no mercado A primeira janela de contratações pós-implementação da SAF do Atlético-MG era, e muito, aguardada pelo torcedor alvinegro. Se o mais esperançoso contava com nomes de peso depois de um aporte milionário de R$ 700 milhões e muitas contratações, teve de se contentar com dois reforços (Scarpa e Brahian Palacios) e uma chegada futura (Bernard).
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O Galo termina a primeira janela pós-SAF com duas contratações pontuais e um perfil diferente de atuação no mercado. O modelo de negócios vem sendo exposto e reafirmado pela cúpula administrativa do clube.
– O Galo vai contratar dois tipos de jogadores, aquele que performa rapidamente, que vem para dar o resultado esportivo, como o caso do Scarpa e, também Bernard, que chegará no meio do ano. Ou então, aquele perfil de jogador novo, com potencial e qualidade. Que possamos ajudá-lo a se formar e futuramente dar grande resultados esportivos e financeiros. Nós não vamos trazer jogadores só para compor elenco. Os jogadores que vieram a gente quer para brigar pela titularidade. Esse é o nosso pensamento – disse Sérgio Coelho, presidente da associação do Atlético, ao ge, no mês passado.
O Galo contratou Scarpa, grande nome do futebol brasileiro em 2022, e que teve uma passagem frustrada pela Europa. Ele se encaixa no perfil de retorno imediato, de assumir a titularidade, como foi dito pela presidente Sérgio Coelho. A chegada também é para suprir a saída de Pedrinho, que tem retorno ao Shaktar acertado.
O mercado do Atlético na primeira janela do ano
Ge
O outro nome chegou com perfil diferente. Jovem promissor e com potencial de lucro futuro. Trata-se de Brahian Palacios, que tem 21 anos. Ele é um atacante de beirada, que veio do futebol da Colômbia.
Vale lembrar que o Atlético também anunciou o retorno de Bernard ao clube. No entanto, o atacante, campeão da Libertadores em 2013, só chega à Cidade do Galo no meio do ano (de graça). Ele estava com contrato no fim com o Panathianikos. Por isso, não estamos considerando o atleta como reforço desta janela.
O investimento planejado para contratar reforços era de R$ 40 milhões. O Galo conseguiu parcelar tanto Brahian quanto Scarpa, facilitando a aquisição dos direitos dos jogadores. O torcedor que esperava grandes nomes, medalhões com perfis de seleção, terão que se adaptar a realidade da SAF.
Scarpa revela preocupação antes de chegar ao Atlético
Pedro Souza / Atlético
Os valores investidos provenientes dos investidores foram, em maioria, destinados ao abatimento de dívidas. Outra parcela vai ser aplicada na compra de jogadores para base, também pensando no lucro e potencial de revenda futuro. A intenção é simples: formar atletas e “fazer dinheiro”.
– Uma parte deste recurso (investimento de R$ 200 milhões recém-aprovado) será para que a gente possa comprar jogadores de 15, 16 anos. Nós, durante a nossa primeira gestão, não compramos nenhum jogador para a base e tem duas formas que a gente entende que temos de conseguir bons jogadores para base. Uma é dos garotos de 8, 9 e10 anos, que conseguimos captar. Mas, atletas com 15, 16 anos, que tem muito potencial, certamente estão em outros clubes. Só tem uma forma de trazê-lo, adquirir eles nos clubes em que estão se destacando – Sérgio Coelho ao ge.
Gringos do Galo: a chegada de Palacios e possível saída de Vargas
Pode não ser o que o atleticano esperava após tanto dinheiro aplicado no clube nos últimos meses. O primeiro aporte foi feito em novembro do ano passado, e o segundo, agora, após aprovação no Conselho Deliberativo.
É início de uma nova era, e o torcedor vai ter que se adaptar ao modelo de clube-empresa. O Atlético manteve a base dos últimos anos, tem ativos altos no elenco, fez renovações importantes e fará contratações pontuais. A expectativa é que o desempenho esportivo corresponda. O ano só está começando, a obsessão por títulos também.
E o nos anos anteriores?
Depois e bater na trave em 2020 no Campeonato Brasileiro, o Galo investiu pesado e trouxe reforços para 2021 – Hulk, Nacho Fernandes, Tchê Tchê e Diego Costa – foram alguns nomes naquele ano, que terminou com o triplete alvinegro – Campeonato Mineiro, Brasileiro e Copa do Brasil.
Atlético-MG x Bragantino troféu campeão brasileiro
Yuri Edmundo/EFE
No ano seguinte, mais uma janela movimentada. Mudança de técnico e reforços: Ademir, Diego Godín, Alan Kardec, Pedrinho e Pavón foram nomes que chegaram ao clube na tentativa de se manter na disputa por títulos. O trabalho não encaixou. Foi campeão da Supercopa do Brasil no início do ano e venceu o Mineiro.
Em 2023, o clube mais uma vez fez um movimento bastante ofensivo no mercado de contratações. Conseguiu trazer Paulinho de volta ao Brasil, contratou Edenilson, Patrick, Igor Gomes, Fuchs, Maurício Lemos, Saravia e Battaglia.
Quem são os investidores e o perfil fora do futebol?
Os 4R’s (Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães, e Renato Salvador) são os principais investidores do clube, mas outro nome ganha força e porcentagem na divisão: Daniel Vorcaro. Com o investimento de R$ 200 milhões, o empresário passou a ter a segunda maior parte dentro das ações do clube (20,2%)
Vorcaro é CEO do Banco Master e, assim como os outros investidores, tem uma vida ativa no mercado financeiro. Ricardo Guimarães é um dos donos do Banco BMG, foi presidente do Galo e hoje é presidente do Conselho Deliberativo.
Os 4 R’s do Galo: Rafael e Rubens Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães
Pedro Souza/Atlético-MG
Renato Salvador é engenheiro, empresário e investidor no mercado financeiro. A sua família controla uma das maiores redes hospitalares do país: o hospital Mater Dei.
Rubens Menin é fundador do Banco Inter, um dos donos da MRV, e possui um conglomerado de empresas de diferentes setores dentro do país. Seu filho Rafael Menin vai na mesma linha junto ao pai nos negócios. O perfil dos investidores leva para dentro do Atlético esta visão de negócios e lucros.
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