Trump tenta evitar outro pagamento, dessa vez a indenização de R$ 414 milhões à escritora que o acusa de abuso sexual

Os advogados de Trump dizem que a decisão pode ser revertida. Representantes da escritora E. Jean Carroll pedem para que juiz não acate pedido do ex-presidente dos EUA. Trump é condenado a pagar US$ 83,3 milhões a escritora da qual havia abusado sexualmente
Donald Trump, condenado a pagar US$ 83,3 milhões (R$ 414 milhões, na cotação atual) à escritora E. Jean Carroll, pediu à Justiça para não depositar o dinheiro em juízo porque ele prevê que poderá reverter a condenação em uma instância superior.
Os advogados da escritora pediram nesta quinta-feira (29) para que a Justiça não aceite o pedido dos representantes de Trump.
Em maio do ano passado, a Justiça entendeu que Trump abusou sexualmente da escritora em 1996 e que a difamou em 2022 e, por isso, ele deveria pagar US$ 5 milhões a ela.
Em janeiro deste ano, os advogados de Carroll afirmaram que o ex-presidente dos EUA continuou a difamar a escritora e que não iria parar a menos que fosse obrigado a pagar. Eles também argumentaram que Carroll passou a ganhar menos dinheiro por causa dos ataques de Trump, que manchavam a reputação dela como escritora. Além disso, ela precisa gastar mais com segurança para se proteger.
Na semana passada, os advogados de Trump pediram ao juiz Lewis Kaplan para suspender a indenização porque supostamente há uma grande possibilidade de que a pena será reduzida ou mesmo eliminada em uma instância superior de Justiça.
O pagamento de US$ 83,3 milhões é uma soma dos seguintes valores:
US$ 65 milhões em indenização.
US$ 18,3 milhões compensação
Kaplan então pediu para que os advogados da escritora se pronunciassem. Eles afirmaram que o documento que Trump protocolou é só uma nota em que ele pede para que confiem nelee é equivalente a um contrato escrito em um guardanapo e assinado por uma pessoa pouco confiável.
Outros pagamentos
Na quarta-feira, a Justiça de Nova York determinou que Trump deve pagar uma multa de US$ 454 milhões por ter fraudado os balanços de sua empresa e, assim, conseguir empréstimos em condições mais favoráveis.
Em 16 de fevereiro, o juiz de primeira instância Arthur Engoron, de Nova York, decidiu que Trump deverá pagar uma multa de US$ 354,9 milhões por inflar os números do balanço financeiro de sua empresa do setor imobiliário, a Trump Organization. Com juros, a conta sobe para US$ 454 milhões. Além disso, a decisão proibia Trump de fazer negócios no estado de Nova York por três anos.
O ex-presidente dos EUA está recorrendo da sentença. Em um documento que os advogados protocolaram na Justiça, eles afirmam que o valor de US$ 454 milhões é exorbitante e que como Trump também estava proibido de fazer negócios no estado de Nova York (portanto, não podia pegar empréstimos), era impossível fazer o depósito em juízo. Essa última parte da ordem foi revertida.

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