Mauro Cid presta novo depoimento à Polícia Federal sobre suposta tentativa de golpe

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Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro deve falar no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado. Ele fechou acordo de colaboração, que já foi validado pelo STF. Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), em Brasília, nesta quinta-feira, 24.
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília nesta segunda-feira (11) para prestar um novo depoimento.
A expectativa é que ele forneça informações no inquérito que apura uma tentativa de articulação de um golpe de Estado, em 2022. O depoimento teve início por volta das 15h.
O ex-braço direito de Bolsonaro já fechou acordo de delação com a PF – os termos ainda são mantidos em sigilo. Por isso, é comum que seja chamado para prestar novos esclarecimentos conforme o avanço das investigações.
Os investigadores esperam que o depoimento de Cid esclareça ou reforce pontos das declarações do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes.
O militar foi ouvido no dia 1º de março e, segundo a colunista do g1 Camila Bomfim, o conteúdo do depoimento foi considerado “esclarecedor” pelos policiais federais.
Cronologia: as datas-chave da tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder
Investigações
De acordo com as investigações, Bolsonaro e aliados se organizaram para tentar um golpe de Estado e mantê-lo no poder, impedindo a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo informações já divulgadas da delação de Mauro Cid, que ainda está em sigilo, o general Freire Gomes participou das conversas sobre a minuta do golpe com o então presidente – mas se recusou a aderir a qualquer aventura golpista, irritando os militares aliados de Bolsonaro, como o general Braga Netto.
Em mensagem a outro oficial, Braga Netto, então candidato a vice na chapa de Bolsonaro, xingou Freire Gomes por ele não se juntar a uma tentativa de intervenção militar, segundo mensagens obtidas pela Polícia Federal.

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