Dengue: armadilhas são instaladas em pontos estratégicos para mapear avanço da doença no DF

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Mapeamento serve para apontar áreas mais frequentadas pelo mosquito, antes que casos apareçam. Secretaria de Saúde instalou ‘ovitrampas’ em 15 cidades do DF. Armadilhas de ovitrampa permitem a contagem de ovos do mosquito da dengue
Jadir Costa/SES-DF
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal está adotando uma nova estratégia para tentar combater o avanço da dengue na capital. Os agentes de vigilância ambiental instalaram armadilhas em 15 pontos considerados estratégicos na captura de ovos do mosquito, as chamadas ovitrampas (veja foto acima).🦟🚫
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As armadilhas servem principalmente para que seja possível um mapeamento das áreas mais frequentadas pelo mosquito da dengue, antes que os casos apareçam. Elas são colocadas nos quintais das casas, com distâncias específicas de 200 a 300 metros uma da outra, de acordo com o tamanho da população da cidade.
As ovitrampas são recipientes pretos que contém uma mistura de levedo de cerveja, inseticida, água e um palete de madeira que funciona como anteparo e é exatamente onde o inseto pousa para colocar os ovos;
Como o levedo torna a armadilha mais interessante para o Aedes aegypti, o criadouro simulado ganha a “disputa” contra os criadouros reais e isso impede que os insetos se multipliquem.
Esses mecanismos estão sendo colocado nas chamadas “Zonas Quentes”, que são locais que demandam ações prioritárias para dengue segundo levantamentos da própria Secretaria de Saúde. Até o momento, as armadilhas estão espalhadas por:
Sobradinho
Gama
Recanto das Emas
Água Quente
Riacho Fundo I e II
Núcleo Bandeirante
Candangolândia
Samambaia
Lago Sul
Cruzeiro
Brazlândia
Ceilândia
Guará
Taguatinga
Itapoã
De acordo com o biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), Israel Moreira, a armadilha é segura e eficiente, pois o inseticida impede que as larvas do mosquito se desenvolvam.
“É uma ação fundamental porque, se nós sabemos onde estão os mosquitos, conseguimos agir antes de aparecer a doença, otimizando os recursos humanos e insumos. Sem contar que o controle fica mais preciso”, explica o biólogo.
Mapeamento
Agente de saúde no combate à dengue, no DF, em imagem de arquivo
Tony Oliveira/Agência Brasília.
O dispositivo fica durante uma semana nas casas. Depois dos sete dias, os ovos são coletados e a solução, trocada. Os ovos são encaminhados para o laboratório, onde são contados e é feito o registro do posicionamento da armadilha no mapa.
A partir daí, é possível fazer um levantamento de áreas prioritárias, como se fosse um mapa de calor, e nas áreas mais quentes, as ações são intensificadas. Cerca de 2.700 armadilhas já foram colocadas em diversas regiões do DF de 2019 até este ano. A periodicidade – semanal ou mensal – das armadilhas varia de cidade para cidade.
O biólogo ressalta que, apesar de o material coletado ser destruído, as armadilhas não controlam a população do mosquito, mas mostram onde está a maior concentração. O gestor reforça a importância da colaboração da comunidade, tanto para receber os agentes de vigilância ambiental quanto para atitudes básicas de combate à proliferação do mosquito da dengue.
“Cooperar com os agentes, não deixar água parada, resolver o que está ao alcance. Às vezes você não precisa chamar a vigilância para virar uma garrafa com água parada que tenham larvas, você mesmo pode jogar a água fora e não dar tempo para o mosquito eclodir”, afirma Israel Moreira.
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