Grupo de risco: gestantes devem redobrar cuidados para evitar dengue

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Ao ser infectado, risco de gravidez chega a ser três vezes maior do que o comum. Por isso, alguns cuidados devem ser redobrados. Dengue: gestantes correm mais riscos com a doença e devem redobrar os cuidados
O aumento exponencial nos casos de dengue tem preocupado órgãos de saúde. Em menos de dois meses, 21 mil casos foram confirmados nas regiões de Sorocaba e Jundiaí (SP), segundo o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE).
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A doença exige cuidados para todas as faixas etárias. Mas a preocupação é ainda maior com as gestantes. De acordo com o vice-presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Regis Kreitchmann, a dengue aumenta em três vezes as chances da mulher desenvolver uma grávidez de risco.
“O risco de mortalidade aumenta muito, principalmente no terceiro trimestre da gestação. Há a possibilidade de sangramento no parto e, se for um caso grave, a probabilidade de aborto espontâneo e morte são infinitamente maiores”, explica.
Em menos de dois meses, Sorocaba ultrapassa 1.000 casos de dengue em 2024
Riscos na gravidez podem triplicar com um diagnóstico positivo para dengue
Reprodução/TV TEM
Cuidados com as crianças
A hidratação também é fundamental para o cuidado com o bebê. No tratamento contra a dengue, pode ser recomendado até 4 litros de água por dia, a partir de um cálculo feito com base no peso da criança.
O acompanhamento médico também deve ser diário e até 48 horas depois do desaparecimento da febre, principal sintoma da doença.
O médico pediatra e infectologista Saulo Duarte Passos adverte que a monitoração médica é essencial. Assim, todas as etapas poderão ser feitas com segurança, do diagnóstico ao tratamento.
“Não há dengue sem febre. Se a pessoa apresentar de 38 graus para cima, ela deve procurar assistência imediatamente. Em caso de um diagnóstico positivo, o acompanhamento deve ser feito junto de um obstetra e um infectologista, para um desenvolvimento saudável do bebê”, afirma.
O que é a dengue?
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte. Veja quais são os principais sintomas da dengue:
Febre
Dor no corpo e articulações
Dor atrás dos olhos
Mal-estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo
A infecção também pode ser assintomática ou apresentar quadro leve. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
Como saber se você está com dengue e se é grave
Cuidados
É importante lembrar que o mosquito que transmite a dengue, o Aedes aegypti, tem hábitos diurnos, mas costuma picar também durante a noite.
O repelente também deve passado no corpo inteiro. Apesar de o mosquito preferir áreas mais vascularizadas, da cintura para baixo, ele pode picar também na orelha, no cotovelo. Para manter a proteção necessária, é recomendável passar o repelente mas de uma vez ao dia.
Também vale as recomendações de manter o quintal limpo, e evitar a acúmulo de água. As caixas de água devem ser mantidas bem tampadas e é preciso retirar a água dos pratinhos de plantas.
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