Incêndio, ameaça de morte, traição, sede do partido trancado: a guerra pelo poder no União Brasil

Luciano Bivar perdeu o controle da sigla para Antônio Rueda, que viu sua casa de praia e a de sua irmã serem incendiadas na noite de ontem; assessoria não se manifesta. Novo presidente do União Brasil teve casa incendiada em PE
“É crime político. Coisa de facínora. De psicopata”. Foi assim que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reagiu ao ser questionado pelo blog sobre o incêndio que atingiu, na noite de ontem a casa do presidente eleito do União Brasil, Antônio Rueda, em Pernambuco.
Para entender o contexto é preciso voltar algumas semanas no tempo. O União Brasil era comandado desde o nascimento por Luciano Bivar (UB-PE). Há alguns dias, houve eleição interna – e ele perdeu. E justo para Rueda, que foi, por anos, seu aliado.
Incêndio atinge duas casas da família do presidente nacional do União Brasil em praia de PE; VÍDEO
A partir daí, a situação degringolou para uma guerra interna. Bivar chegou a trancar as portas da sede da legenda para Rueda não entrar. Depois, foi, segundo aliados de Rueda, filmado ameaçando o agora inimigo de morte. A ele e à família. As gravações foram entregues à Polícia Civil do Distrito Federal.
Com o cenário conturbado, Rueda decidiu levar a família para fora do Brasil. Na noite desta segunda-feira (11), recebeu uma ligação. Soube que tanto a casa de praia dele como a da irmã, que é tesoureira do União Brasil, estavam pegando fogo. Os imóveis ficam na Praia do Toquinho, em Pernambuco, berço político de Bivar. A destruição foi quase completa, como atestam vídeos recebidos pelo blog.
Para a maioria do partido, diante do clima interno, ficou fácil apontar os dedos. “Ele (Bivar) fez ameaças inclusive à família do Rueda. Isso é crime político, pistolagem. Temos a maioria da bancada da Câmara, a unanimidade do Senado e dos governadores: vamos ao Tribunal Superior Eleitoral para que isso seja investigado como crime político. Também vamos pedir a cassação do Bivar no Congresso”, disse o governador Caiado ao blog.
O secretário-geral da sigla, ACM Neto, aponta o episódio como grave e pede investigação.

“Foi um episódio gravíssimo, que exige apuração rigorosa e célere, para que possa entender o que houve e a autoria”, diz o secretário-geral da sigla, ACM neto.
Procurada, a assessoria de Bivar ainda não se manifestou. Assim que o fizer, o post será atualizado.
A guerra no União Brasil tem muitos motivos: senso de traição pessoal, mas principalmente controle do fundo partidário. Neste ano, o partido terá direito a R$ 517 milhões.

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